sábado, 18 de fevereiro de 2017

As Grandes Pirâmides do Egito

Nossa viagem pelo Oriente Médio começou pelo Egito. Estávamos apreensivos porque ao mesmo tempo que conhecer o país era um sonho antigo, alguns relatos de viagem na blogosfera não eram muito animadores: falta de segurança, trânsito caótico, assédio excessivo aos turistas e falta de educação dos homens com as mulheres eram as críticas mais comuns. Foi fácil perceber que o país, assim como a Índia, tem o estilo ame ou odeie.
 
Por conta dessas experiências ruins, optamos pela primeira vez por contratar um pacote com uma agência local (Holaegypt Tours). O pacote de 7 dias incluía 3 noites de hospedagem no Cairo com guia e motorista exclusivos, 3 noites em um cruzeiro pelo rio Nilo com passeios aos principais templos (incluindo ida a Abu Simbel), passagens aéreas Cairo/Aswan e Luxor/Sharm El Sheikh e transfers dos aeroportos, tudo por 1440,00 USD (2 pessoas). Ainda completaríamos a nossa trip pela terra dos faraós dormindo 3 noites em Sharm El Sheikh de frente para o paradisíaco mar Vermelho.
 
De fato, o Egito não é um país fácil. Com uma população predominantemente muçulmana (90%), o seu conservadorismo religioso proporciona um choque cultural dos grandes em nós brasileiros. Além disso, o país é extremamente pobre. As casas não têm reboco (muitas não têm nem telhado) e o lixo se amontoa nas ruas de forma impressionante. As críticas ao país têm bastante fundamento.
 
Mas aí, quando achamos que íamos nos decepcionar, logo na manhã do nosso primeiro dia no Cairo, fomos apresentados à única sobrevivente das sete maravilhas do mundo antigo.
 
Localizadas em uma área desértica a 18 km da capital, as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos (ou Pirâmides de Gizé) são o principal cartão-postal do país. Foram construídas a cerca de 4500 anos (!!!) para servirem de túmulos da família de faraós (Quéops era pai de Quéfren e avô de Miquerinos) e suas alturas variam de 66 a impressionantes 146 metros.
 
Completando o cenário místico, está a escultura mais conhecida do mundo: a Grande Esfinge. Construída com o corpo de um leão e uma cabeça humana, a estátua de 57 metros de comprimento e 20 metros de altura foi uma encomenda de Quéfren para ser o guardião do seu túmulo.
 
Precisa dizer que a experiência de estar ali foi inesquecível?
 
Depois de almoçarmos em um restaurante delicioso indicado pela nossa guia, seguimos para conhecer outros 2 sítios históricos: Sacara e Mênfis. O primeiro trata-se da antiga necrópole da cidade de Mênfis e abriga a pirâmide mais antiga do Egito. Em Mênfis restam poucos vestígios dos monumentos, dentre eles a esfinge de Alabastro e o magnífico colosso de Ramsés II. É tanta história que a nossa guia até se emocionava ao contar os detalhes.
 
Depois do choque inicial, já estávamos amando o país!
 
Pirâmide de Sacara
Colosso de Ramsés II
Esfinge de Alabastro
Estátua de Ramsés II
Sarcófago todo detalhado

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Férias 2014: Oriente Médio

 
Uma amiga viajou para o Oriente Médio no início desse ano e, antes de ir, nos pediu dicas para montar o roteiro. Fizemos uma viagem para a região em setembro de 2014 que englobou os 4 países de interesse dela: Egito, Jordânia, Israel e Turquia.
 
Cumprimos o nosso momento “agente de viagens” e à medida que íamos revendo as fotos e lembrando dos dias que passamos por lá, cresceu a vontade de publicar os detalhes dessa viagem aqui no blog (o que aliás já deveríamos ter feito há muito tempo 😉).
 
Definir os países da viagem foi fácil. Egito, Israel e Turquia exerciam fascínio desde sempre e estavam no topo da nossa listinha de desejos. Após algumas pesquisas vimos rapidamente que Petra também era visita obrigatória na região. A possibilidade de conhecer um pouquinho de uma cultura tão diferente e descobrir locais tão importantes para a história nos atraía demais. É claro que Egito e Israel causavam certo receio: o primeiro por conta de muitos relatos negativos em relação a segurança e o segundo pelos constantes conflitos internos. Resolvemos a visita ao Egito do jeito mais fácil, contratando um pacote local com guia. Já a ida para Israel foi confirmada apenas 1 mês antes da viagem após israelenses e palestinos assinarem um acordo de paz temporário.
 
Nosso “único trabalho” foi escolher as cidades e dividí-las nos 32 dias que tínhamos livres. Como sempre, tivemos que fazer algumas escolhas difíceis durante o planejamento, como cortar Tel Aviv do roteiro, mas no final conseguimos conhecer muita coisa de cada país.
 
Apenas como aperitivo para os próximos posts, a viagem foi perfeita: amamos o Egito (andamos pelo Cairo, vimos as pirâmides de perto, fizemos um cruzeiro pelo rio Nilo e conhecemos o mar Vermelho a partir de Sharm El Sheikh); descobrimos uma Jordânia encantadora (visitamos não só Petra, mas também a capital Amman, dormimos 1 noite no deserto de Wadi Rum e mergulhamos novamente no mar Vermelho); confirmamos toda a bela fama de Israel (incrível desde a cidade antiga de Jerusalém até lugares místicos como o Mar Morto e Belém no lado palestino) e fechamos a viagem com chave de ouro na Turquia (Istambul, Capadócia e Pamukkale vão ficar para sempre na memória).
 
E ao contrário do que muitos podem imaginar, a trip foi super tranquila e praticamente sem stress algum.

domingo, 3 de julho de 2016

Um pedacinho da Ásia na Serra Gaúcha


Não são atrações óbvias e alguns podem até torcer o nariz, mas a dobradinha templo budista Chagdud Gonpa Khadro Ling e restaurante Tashi Ling é o que há de mais diferente e inspirador na Serra Gaúcha. Pelo menos para este casal que é fascinado pela Ásia. Apesar de não estarem localizados exatamente em Gramado, mas sim na cidade de Três Coroas (distante 30 minutinhos de carro), a maioria dos visitantes vem mesmo da vizinha famosa.
 
Como o próprio site do templo explica, o “Khadro Ling é a sede do Chagdud Gonpa Brasil, uma organização sem fins lucrativos destinada ao estudo e prática do Budismo Tibetano. Uma comunidade de praticantes budistas mora no local e em suas terras fica o primeiro templo tibetano tradicional da América Latina”.

O complexo de monumentos sagrados é um convite para revigorar as energias independe da religião/crença de cada um. Infelizmente a fotografia no templo principal é proibida. O interior é lindo e todo trabalhado (saudades da Tailândia e Laos). A localização no alto de uma colina contribui ainda mais para o cenário encantador.

Fotos valem mais que mil palavras...


O Espaço Tibet - Tashi Ling é o primeiro restaurante tibetano do Brasil e, apesar de estar localizado pertinho do Khadro Ling, não apresenta relação direta com o templo. É claro que curiosos que somos, tratamos de incluir também no nosso roteiro.

O local não é só um restaurante; oferece também uma experiência única de harmonia. Jardins zens, estátuas budistas e funcionários com trajes típicos engrandecem o ambiente. Voltando ao restaurante, o cardápio oferece alguns pratos mais abrasileirados e menos diferentes do que esperávamos. Escolhemos a sequência que nos pareceu mais exótica: momos tradicionais e flambados (trouxinhas tibetanas recheadas de carne, batata e legumes cozidas no vapor) de entrada e prato principal com pernil de cordeiro ao molho de cravo e anis acompanhado de batatas cozidas com ervas finas, cenoura caramelada e arroz branco flambado na manteiga com castanhas de caju picadas e gergelim preto. Na bebida, fomos de chá preto com gengibre (cortesia da casa). 

Estava tudo uma delícia.

sábado, 2 de julho de 2016

O que fazer em Gramado


Tivemos a oportunidade de visitar a Serra Gaúcha nos 2 períodos mais concorridos: em janeiro deste ano durante o Natal Luz e agora no final de junho (inverno). Ambas as épocas têm seus encantos; enquanto de novembro a janeiro Gramado fica todo iluminado e ganha uma caprichada decoração natalina, o meio do ano oferece o friozinho irresistível da serra. São períodos mais caros, mas nada que assuste quem está acostumado com os preços do Rio de Janeiro ou São Paulo. Além disso, a excelente estrutura da região (hotéis e restaurantes) consegue atender muito bem todos os turistas mesmo com a grande quantidade de pessoas. As atrações exclusivas do Natal Luz a gente deixa para contar em outro post. Esse aqui é para tentar mostrar o tanto de coisa legal que tem para fazer na cidade durante todo o ano.

Gramado não se restringe apenas a programas românticos. Dá para a família toda se divertir: são vários parques e museus dedicados à crianças e adolescentes. 

Os pórticos

O passeio já começa logo na chegada à cidade. Seja o trajeto desde Porto Alegre pela Rota Romântica (via BR-116 e RS-235) ou pela RS-115, os pórticos bonitinhos valem uma parada para fotos.


O centrinho

Um trechinho das avenidas Borges de Medeiros e das Hortênsias concentra o burburinho da cidade. Muitos hotéis e restaurantes (outro post vem aí) e alguns atrativos turísticos estão concentrados ali. Tem a Rua Coberta – uma agradável galeria fechada com telhado de vidro, o Palácio dos Festivais que é responsável por sediar o famoso Festival de Cinema de Gramado, a calçada da fama brasileira e a bonita Igreja Matriz São Pedro.


Na Lugano – uma das chocolaterias mais famosas da cidade – um parquezinho chamado Mundo de Chocolate mostra réplicas de monumentos históricos feitas de chocolate. Parece bobo à primeira vista, mas as esculturas encantam de verdade. Tem Torre Eiffel, Muralha da China, Pirâmides do Egito...


E mesmo que nada disso existisse, só a arquitetura típica de cidadezinha europeia já permite um passeio super gostoso pelo centrinho.


Lago Negro

Esse é um dos lugares que visitamos nas 2 viagens e que retornaríamos sempre que tivéssemos oportunidade. O lago permite passeios de pedalinho e uma caminhada tranquila no seu entorno por entre árvores trazidas diretamente da Floresta Negra, na Alemanha. Dá também para passar uma manhã inteira só relaxando no seu gramado. Ah e o visual do lago é lindo!


Mini Mundo

Essa era uma atração que achávamos que era só para crianças, mas que descobrimos ser um passeio bem interessante. São diversas réplicas em miniatura de construções famosas do Brasil e do Mundo. Os destaques são o Castelo de Neuschwanstein (Alemanha), o Museu do Ipiranga de São Paulo, a Estação Ferroviária de São João del Rei e casinhas europeias. Tudo distribuído de maneira caprichada em um ambiente aberto. Os personagens Ursinhos Gui e Ana, Bruxa Ju e Limpador de Chaminés ficam andando pelo parque e também divertem as crianças. 


Snowland

Quem quiser ter um gostinho de estar nas montanhas nevadas do Chile e Argentina, existe o Snowland – primeiro parque de neve indoor das Américas. Passamos quase um dia inteiro lá (Monalisa e Lucas ficaram fora dessa). Nossos sobrinhos adoraram (não só eles rs). 

Na Montanha de Neve, localizada em um galpão com temperatura mantida em -4oC, o barato é descer de esquibunda e ter aulas de esqui/snowboard (pagas à parte). Deu até para brincar de jogar bolas de neve uns nos outros. rs Do lado de fora da montanha, um vilarejo alpino com lojinhas, restaurantes, pista de patinação no gelo e simulador de esqui 7D completaram o nosso passeio em família.


Dreamland Museu de Cera

Já conhecemos o Madame Tussauds de Londres e Los Angeles e não tivemos interesse em visitar o Dreamland, mas essa era uma das atrações mais esperadas pelos nossos sobrinhos Milena e Tassio. Pagamos as entradas deles e ficamos esperando no saguão do museu com o nosso bebê Lucas. Pelas fotos que eles tiraram deu para ver que alguns personagens não são muito bem feitos (alguns bem toscos até), mas eles amaram. Se divertiram pra caramba e tiraram foto com todo mundo (a memória do chip da câmara quase acabou rs).


Museu Super Carros

É apenas um dos museus da cidade que apresenta ainda o Hollywwod Dream Cars e o Harley Motor Show. Este último, nossos sobrinhos visitaram em conjunto com o Museu de Cera (o ingresso vale para os 2) e acharam ok.

Já o Museu Super Carros é um deleite para quem é apaixonado por carros (dããã). O Tassio ficou maluco com os Mustangs, Ferraris, Porsches e tantos outros carrões. Inacreditável mesmo foi quando ele foi sorteado para dar uma volta de 15 minutos no carona de uma Ferrari California (conversível). Quase desmaiou de tanta emoção. :) Valeu demais a visita!


Vinícola Ravanello

A maioria das pessoas que visitam Gramado, dedicam 1 ou mais dias ao famoso Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Foi o que fizemos na nossa primeira viagem. Nesta última trip da semana passada, optamos por não ir tão longe (são 110 km de distância) e, meio sem querer, descobrimos que Gramado também tem suas vinícolas. Não são grandes nem famosas, é verdade, mas a Vinícola Ravanello é um primor no atendimento. O próprio dono nos deu as boas-vindas e contou a história do lugar. Logo depois, o simpático sommelier assumiu o posto de guia do passeio.

Começamos o tour pelos parreirais (que estavam secos por ser inverno), passamos pelos tanques de fermentação, caves e terminamos com a degustação de 3 rótulos de vinhos bem interessantes. Foi uma experiência super agradável.


Le Jardin Parque de Lavanda

O casal Patrícia e Jorgito idealizou um jardim de flores e lavandas no quintal de casa e resolveu abrir as portas para qualquer pessoa que quisesse contemplar o cenário bucólico. A visita valeu pelo momento de sossego e harmonia.



Gramado ainda oferece várias outras atrações. Uma em especial, é imperdível e a gente deixa para falar em um post específico: o Templo Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling. Outras não visitamos por falta de tempo (Aldeia do Papai Noel) ou por falta de interesse mesmo, como o Gramado Zoo, o Parque do Gaúcho e o Reino Encantado. É passeio que não acaba mais e olha que nem começamos a falar ainda de Canela e Bento Gonçalves que estão logo ali.