Depois de passarmos a madrugada inteira na estrada, chegamos na rodoviária de Cusco cedinho e já precisávamos procurar uma agência que fizesse o passeio para o Vale Sagrado. Na nossa programação inicial, chegaríamos em Cusco 24 horas antes e teríamos tempo para descansar e nos adaptar à cidade. Mas como no meio da viagem adicionamos 1 dia em Arequipa e nosso trem de Ollantaytambo para Aguas Calientes partiria no final da tarde, o dia ficou bem corrido.
Ainda bem que decidimos não comprar o passeio logo na rodoviária (várias pessoas ofereceram o mesmo). A dona do nosso hostal nos arrumou um tour bom e barato e ainda nos deixou guardar nossas mochilas maiores até que retornássemos no dia seguinte sem cobrar a diária.
O Valle Sagrado de los Incas compreende uma região com enorme valor histórico/arqueológico no vale do rio Urubamba próxima a Cusco e Machu Picchu. Muitos dos povoados que ali existem, ainda cultivam a cultura inca e falam quéchua. Nosso guia Vladimir foi bem eficiente para explicar toda a história da região. Ele é uma figura. Fazia caras e bocas e ainda tinha toda uma performance teatral para apresentar as atrações.
A primeira parada foi no Mercado de Ccorao. Encontramos alguns artesanatos que ainda não tínhamos visto no Peru, compramos dois álbuns lindos para colocarmos as fotos da viagem e a Monalisa conseguiu comprar quase que de graça (depois de muito barganharmos) um pingente de “prata” com uma lhama.
No Mirador de Taray, o Vale Sagrado se mostrou em toda sua plenitude. A paisagem é espetacular. Pena que o tempo mudou e sol resolveu se esconder.
Próxima parada: o povoado de Pisaq, famoso tanto por suas ruínas quanto pelo seu mercado indígena. Na entrada do complexo das ruínas foi preciso comprar o Boleto Turístico del Cusco que além de permitir a entrada nas demais atrações do Vale Sagrado, incluía a visitação aos museus e às ruínas incas nas proximidades da cidade de Cusco.
Em Pisaq foi possível observar as terrazas (sistema de plantio inca em terraços admirável), praças e templos, tudo em perfeita harmonia com a natureza. A subida até as ruínas foi puxada, mas compensou pelo lindo visual. No mercado, comemos as concorridas empanadas de queijo feitas na hora. Foi a nossa entrada para o almoço no povoado de Calca, próxima parada do tour. Delícia!
Vestido à caráter |
O simpático cuy (vulgo porquinho-da-índia) |
O suculento cuy depois de ir ao forno |
Chegamos enfim em Ollantaytambo. A cidade é a mais bem preservada e uma das mais importantes do legado inca. Sua fortaleza possui uma arquitetura fantástica com pedras imensas milimetricamente colocadas umas sobre as outras formando uma paisagem única. Tivemos que ter fôlego para agüentar todos os sobes e desces da visita.
Seria a face de um homem? |
O tour ainda seguiria para Chinchero antes de retornar a Cusco, mas Ollantaytambo era nossa última parada do dia porque escolhemos pegar o trem até Aguas Calientes (também conhecido como Machu Picchu Pueblo) a partir desta cidade e não a partir de Cusco como é o mais comum feito pelos turistas. Isso nos poupou tempo e permitiu que no dia seguinte visitássemos o Parque Arqueológico de Machu Picchu bem cedinho antes que uma multidão de visitantes chegasse ao local.
Os tickets do trem na categoria Vistadome (intermediária) foram devidamente comprados 1 mês antes da viagem e partiriam às 19h00, com retorno no dia seguinte direto para a estação de Poroy em Cusco.
A viagem de trem foi tranqüila e o lanche servido no percurso era ok. Chegamos em Aguas Calientes no final da noite e fomos direto para o nosso hostal dormir, pois Machu Picchu nos aguardava na manhã seguinte.
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