O Grand
Canyon foi o grand finale da nossa roadtrip pelos parques nacionais dos
estados de Utah e Arizona. Depois dali ainda iríamos percorrer de carro as
terras ainda áridas de Nevada e a riquíssima Califórnia.
Grand
Canyon é o segundo parque nacional mais visitado dos Estados Unidos com
impressionantes 5,5 milhões de visitantes no ano passado. Para se ter ideia dos
números, o total de turistas em todos os parques nacionais brasileiros em 2014
foi pouco superior a 7 milhões.
Localizado
no Arizona, o canyon tem sua formação causada pela ação do rio Colorado que
corta os seus quase 500 km de extensão e que ao longo de milhões de anos
contribui para o seu constante aprofundamento e alargamento.
O
Grand Canyon é dividido em três regiões com visitações independentes: borda
oeste (a mais próxima de Las Vegas), borda norte (a menos frequentada) e borda
sul (considerada a mais fotogênica). Esta última foi a que escolhemos para
visitar em 2 dias memoráveis.
No
coração da borda sul (South Rim) está a Grand Canyon Village e toda a estrutura
de informações turísticas, hospedagem e restaurantes. Ali está a portaria sul e
principal acesso do parque. A direita da vila está a Desert View Road, estrada
com 40 km e 6 mirantes, que pode ser explorada durante todo o ano de carro
particular ou com o ônibus interno do parque. Ao final dessa estrada está a
portaria leste. A igualmente cênica Hermit Road (a esquerda da vila) possui 11
km e dá acesso a outros 6 mirantes. A estrada só pode ser acessada de forma
independente no inverno. No período de março a novembro torna-se obrigatório o
uso do ônibus interno que funciona diariamente de 04:30 até 1 hora depois do
sol se pôr. A entrada no parque custou US$30,00 (valor por veículo) em julho de
2015.
Desert View Road
Entramos
no parque pela portaria leste depois de 175 km rodados desde a cidade de Page.
Era final de tarde e o tempo não estava ajudando. Mesmo sabendo que ainda
teríamos 2 dias para explorarmos o parque com calma, como tínhamos toda a
Desert View a ser pecorrida até o nosso lodge
na Grand Canyon Village, não resistimos e fomos parando rapidamente em alguns
mirantes ao longo da estrada. Mesmo com o céu bastante nublado e a ameaça de
chuva, tivemos um gostinho do que teríamos pela frente.
No dia seguinte voltamos a explorar a Desert View. O sol
apareceu timidamente e a visibilidade continuava um pouco comprometida. Os
destaques foram as vistas do Desert View Point e do Mather Point.
OBS:
Apesar de ser altíssima temporada (julho), não tivemos problema algum para
estacionar o carro nos mirantes da Desert View e nos estacionamentos da Grand
Canyon Village.
Hermit Road
Depois de almoçarmos em um dos restaurantes da vila, fomos
conhecer a Hermit Road. Utilizamos o ônibus interno para acessarmos todos os 6
mirantes. Diferentemente da Desert View, achamos as vistas aqui um pouco semelhantes
e menos atraentes. De qualquer forma, foi ótimo termos visto o canyon a
partir de outros ângulos.
Bright Angel Trail
Se contemplar o Grand Canyon a partir dos mirantes já era
algo fascinante, chegar até a base do desfiladeiro explorando uma das trilhas
do parque parecia ainda mais interessante. Assim que descobrimos que isso era
possível com a Bright Angel Trail, decidimos encarar a trilha mais popular do
parque. Ou pelo menos parte dela. Como recomenda-se um dia inteiro para
completar o longo trajeto ida e volta e não tínhamos tempo para tal, resolvemos
administrar a descida de modo a permitir que estivéssemos no topo antes de
escurecer. Foram 4 horas de caminhada. Tempo suficiente para curtirmos as
vistas e surpresas do caminho.
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