segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ilha do Bananal


Viagem realizada em maio de 2015.

Na mesma viagem para a Jalapada (Jalapão + Chapada) resolvi dedicar 2 dias para conhecer a região da Ilha do Bananal. Localizada na fronteira com o Mato Grosso, Bananal é a maior ilha fluvial do mundo. Classificada como reserva da Biosfera pela UNESCO, é parcialmente protegida por 3 terras indígenas e pelo Parque Nacional do Araguaia. Lá vivem 5 povos indígenas: Carajás, Javaés, Tapirapés, Tuxás e Avá-Canoeiros.

Para dividir os custos e viabilizar a ida para esta área pouco explorada, convenci o João, o baiano do grupo do Jalapão, a embarcar na aventura comigo.

Porta de entrada para a ilha e a 3 horas de Palmas está a Lagoa da Confusão. A lagoa é uma área turística bastante frequentada pelos tocantinenses. Aproveitamos uma tarde por lá para relaxar, fazer um passeio de barco, ver o pôr do sol e saborear uma comida caseira maravilhosa: arroz, ensopadinho de inhame, filé de pirarucu e cebola frita. Um dos momentos que marcam qualquer viagem!

No dia seguinte rumamos para um safári fotográfico em uma fazenda com campos de arroz e para uma visita a uma aldeia indígena. Foi interessante perceber a mudança de paisagem e a integração entre os diferentes biomas. O cerrado tinha ficado para trás e agora estávamos em uma região de floresta de transição amazônica. No safári conferimos diversos pássaros típicos da região, com destaque para a ave símbolo do pantanal: o tuiuiú. O bichão é bonito mesmo!!! Vimos também jacarés, emas, cervos e veados.

No final da manhã chegamos na beira do rio Javaés que dá acesso à aldeia javaé Boto Velho. Já com a visita à comunidade previamente autorizada pelo cacique, um índio nos esperava, no horário combinado, em um barquinho para nos levar até a aldeia. É claro que por ser relativamente fácil de ser visitada, a aldeia tem contato frequente com os brancos e muitas das suas tradições foram esquecidas. Por lá há energia elétrica, os índios se vestem com roupas “modernas” e a maioria fala português além do javaé (idioma original). Pelo menos presenciamos um momento “original” onde diversos índios saíam armados com facões em uma caçada a porcos do mato. O pajé usava até arco e flecha. 

Conversamos um pouco com o cacique, tiramos algumas poucas fotos de quem permitiu ser fotografado e eu fiz uma tatuagem no braço com tinta extraída de jenipapo. A tatuagem tribal ficou bacana e durou uns 10 dias. :)

No final do dia chegamos em Palmas. A experiência foi enriquecedora.

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