sábado, 4 de junho de 2011

A cidade branca

Chegamos na rodoviária de Arequipa por volta de 08h00 depois de dormirmos a viagem inteira. O ônibus leito da empresa Oltursa era bem confortável.

Arequipa situa-se em um vale no sul do Peru, a uma altitude de 2300 metros, rodeada por vulcões. É conhecida como Cidade Branca por possuir grande parte de sua arquitetura construída com sillar, rocha vulcânica de cores diversas, mas que em Arequipa é usada em sua grande maioria na cor branca.

Depois de tomarmos um banho no hostal, saímos para comprar o tour para o Cânion de Colca para o dia seguinte. Entramos na Ecotours, agência indicada no site mochileiros.com, e fomos muito bem recebidos tanto pela atendente quanto pelo dono. Resolvemos comprar o Tour Campiña e o passeio de rafting pelo rio Chili, ambos para o dia seguinte. Contratamos também o tour de dois dias para o cânion com começo no dia posterior ao dos outros dois passeios. A esta altura, Monalisa estava com muita dor de cabeça causada pelo soroche (mal da altitude) e o dono da agência não nos deixou sair de lá até que ele conseguisse falar com um médico que pudesse ajudá-la. Depois de conversar com ela por telefone, o doutor receitou um medicamento.

Almoçamos no Restaurante Soncollay, situado na Plaza de Armas. O restaurante tem uma vista linda da praça e da Basílica Catedral. Sua especialidade é comida inca e pré-inca (sem qualquer tipo de gordura). Pedimos um prato com pierna de alpaca e estava uma delícia.


À tarde passeamos pelos arredores da praça que é um dos Patrimônios Históricos da Humanidade situados no Peru, e visitamos o fantástico Museo Santuarios Andinos, onde se encontra Juanita, múmia de uma menina inca encontrada em perfeito estado em 1995, no alto da montanha Ampato. Segundo historiadores, a menina foi sacrificada com aproximadamente 12 anos de idade em oferenda aos deuses das montanhas e teve seu corpo preservado durante mais de 500 anos pelo frio extremo da altitude de mais de 6000 metros. Foi possível descobri-la graças à erupção de um vulcão vizinho que permitiu que seu corpo ficasse visível.


A visita no museu começa com a exibição de um vídeo relatando em detalhes a expedição que encontrou Juanita. O vídeo serve para estimular bastante o desejo de conhecer as fotos e objetos encontrados junto ao corpo de Juanita, e outras três múmias também descobertas nos arredores da montanha. E a forma como tudo isso é exposto é empolgante. O gran finale da visita é a imagem do corpo de Juanita congelada (-26ºC) em uma redoma de vidro, simulando as condições climáticas presentes no topo do Ampato.


Depois do museu, voltamos para o hostal e não saímos mais naquele dia. Precisávamos descansar.

Atualização (Arequipa à noite):

Conseguimos aproveitar duas noites na cidade. A Plaza de Armas fica ainda mais bonita toda iluminada.


Jantamos as duas noites na pizzaria La Italiana (indicação do guia Sr. Jesus) e comemos a pizza quatro queijos mais estranha de todas. A pizza é dividida em quatro partes e cada fatia é feita de um queijo diferente. O restaurante é lindo e o serviço ótimo. Bebemos muitas Cusqueñas lá também.

Aproveitamos que o Monasterio de Santa Catalina estava aberto até tarde e fizemos uma visita noturna. O monastério é imenso e foi construído em 1580 para abrigar mulheres aspirantes à freiras, oriundas de famílias ricas espanholas.

É possível visitar praticamente todos os aposentos, capelas e galerias. Gasta-se umas duas horas conhecendo tudo. O convento nos pareceu bastante sombrio à noite.


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